Adilson Batista é o novo técnico do São Paulo


Depois de fracassar no Corinthians e no Santos, Adilson Batista recebeu mais uma oportunidade no futebol paulista, agora do São Paulo. Neste sábado, a diretoria acertou a contratação do treinador, que fica no clube do Morumbi até dezembro. Ele deve ser apresentado na segunda-feira à tarde, no CT da Barra Funda. Contra o Inter, domingo, em Porto Alegre, o time ainda será comandado pelo auxiliar Milton Cruz.

Adilson substitui Paulo César Carpegiani, demitido há dez dias. A diretoria são-paulina estudou alguns nomes, como Cuca e Paulo Autuori, mas acabou optando por Adilson.

- Buscamos informações em todos os níveis, de jogadores a dirigentes. A cada pessoa que conversamos, as referências só fizeram nosso interesse aumentar. É um técnico que, além de conhecer muito de futebol, tem comando e boa relação com os atletas. Tenho certeza de que ele será muito feliz aqui - disse Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo.

Em entrevista ao site oficial do Tricolor, Adilson se mostrou animado.

- Estou muito contente e muito orgulhoso por representar um clube do porte do São Paulo. Minha motivação vai além de dirigir a equipe mais vencedora e organizada do Brasil. Representar a grandeza da torcida é uma tarefa que me dá uma vontade enorme de mostrar meu trabalho e buscar os títulos que ela merece - disse o treinador.

Ano pra esquecer
Depois de dois anos de sucesso com o Cruzeiro - chegou a ser vice-campeão da Libertadores em 2009, Adilson entrou numa fase ruim, que já dura um ano. Entre 24 de julho de 2010 e 25 de junho de 2011, quando foi demitido do Atlético-PR, ele falhou em três trabalhos consecutivos. Somando suas passagens por Corinthians, Santos e mais recentemente Atlético-PR, foram 16 vitórias, 13 empates e 13 derrotas em 42 partidas.

No Corinthians, ano passado, Adilson assumiu a equipe na liderança do Campeonato Brasileiro. Porém, não conseguiu manter o embalo e, após 17 jogos - com sete vitórias, quatro empates e seis derrotas - o time caiu para terceiro. O técnico não resistiu e pediu demissão. Contratado pelo Santos, iniciou 2011 com a expectativa de fazer um grande trabalho com Neymar, Ganso & Cia. Mas sem poder contar com nenhum dos dois, montou um time retranqueiro, que desagradou à torcida e, por pouco, não foi eliminado da Libertadores. Acabou sendo demitido a tempo de o Peixe se recuperar e, com Muricy, chegar ao título. No total, foram 11 jogos no Santos, com cinco vitórias, cinco empates e uma derrota. No Atlético-PR, o rendimento foi ainda pior. Em 14 jogos, foram quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas. Quando Adilson foi demitido, o Furacão ocupava a lanterna do Brasileirão.

Poucos títulos na carreira
Como jogador, Adilson conquistou vários troféus, como o da Libertadores de 1995, como capitão do Grêmio. Como treinador, porém, seu currículo é modesto, apesar de já ter dez anos na profissão, iniciada em 2001, no Mogi Mirim. Adilson não conquistou nenhum título internacional ou nacional, apenas quatro regionais: o Potiguar de 2002 com o América-RN, o Catarinense de 2006 com o Figueirense e os Mineiros de 2008 e 2009 com o Cruzeiro. Seu melhor momento foi no Cruzeiro, quando chegou ao vice-campeonato da Libertadores em 2009.

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