São Paulo bate a Portuguesa e está na semifinal do Paulista


Tricolor joga para o gasto, despacha Lusa e pegará o Peixe na semifinal.

São Paulo foi sonolento, mas quando resolveu acelerar um pouco, matou a Portuguesa, que apesar de ter brigado muito, não conseguiu se igualar.

O São Paulo não foi brilhante. Longe disso. Chegou até a passar dificuldades em vários lances. No entanto, fez prevalecer sua melhor qualidade técnica sobre a Portuguesa, neste domingo à tarde, na Arena Barueri. Venceu por 2 a 0 e fará a semifinal do Paulistão com o Santos, no próximo final de semana. A Lusa, na base da vontade, tentou se igualar, mas sofreu demais com a falta de qualidade de seus jogadores de frente e ficou no caminho.


Ilsinho e Dagoberto marcaram os gols do Tricolor. O clássico San-São deverá ser disputado no sábado, pois o Peixe precisa viajar para o México onde, na terça-feira seguinte, enfrentará o América-MEX pelas oitavas de final da Taça Libertadores. Como teve melhor campanha na primeira fase a equipe são-paulina será mandante na semifinal.

Lusa endurece, mas Ilsinho resolve:

A Portuguesa bem que tentou endurecer o jogo para o São Paulo. Começou o jogo bem posicionada, marcando bem no meio de campo e construindo jogadas pelo lado direito, com Henrique combinando lances com Marcos Pimentel. Quando tinha a bola, a Lusa tinha três jogadores à frente - Henrique, Jael e Luiz Ricardo - abrindo a zaga são-paulina.

Faltava, porém, um maior capricho no passe final e mais movimentação. Embora rondasse a área tricolor, a Portuguesa não conseguia ameaçar Rogério Ceni. O São Paulo, sem coordenação, só chegava em jogadas de bola parada. E foi exatamente assim que criou o primeiro lance de perigo da partida. Aos 25, Dagoberto cobrou falta da esquerda. Miranda subiu e desviou. A bola passou raspando a trave direita. Imediatamente após esse lance, a Lusa conseguiu, enfim, assustar o Rogério Ceni. Marco Antônio chutou de fora. O goleiro bateu roupa, mas conseguiu se recuperar a tempo de pegar a bola antes que Jael chegasse.

Quando começava a ser abatido por uma certa preguiça, o São Paulo teve uma mãozinhoa do acaso. Aos 29, Rodrigo Souto, com dores no joelho, pediu para sair. O técnico Paulo César Carpegiani escolheu o atacante Henrique para substituir o volante. A mudança tática acordou o Tricolor. Com mais um jogador de frente, o time do Morumbi passou a criar jogadas com toques rápidos, bola no chão. Ilsinho e Marlos, em constante movimentação, abriam a linha de volantes da Lusa. Dagoberto também ajudava a confundir a zaga, com bastante velocidade. Dessa forma, o gol não tardou a sair. Aos 40, Marlos achou Jean entrando sozinho pela direita. O lateral foi à linha de fundo e acertou um belo cruzamento para Ilsinho, que escorou com força de cabeça, matando o goleiro Weverton.

A Portuguesa não se abateu. Embora já não tivesse mais tanto a bola como nos primeiros minutos da partida, ainda conseguiu dar outro susto nos são-paulinos quando, aos 44, Ferdinando recebeu passe de Marco Antônio e encheu o pé. O tiro, da entrada da área, saiu tão forte que Rogério espalmou para a frente. A zaga tricolor acabou afastando o perigo.

Rogério Ceni garante, e Dagoberto carimba vaga:
O São Paulo voltou meio sonolento para o segundo tempo. Parecia estar satisfeito com o 1 a 0. Passou a priorizar o toque curto, mais de lado, sem aprofundar jogadas. Quase pagou um preço muito caro por seu desinteresse. Aos 29, em cobrança de escanteio da esquerda, Luiz Ricardo subiu no primeiro pau e desviou de cabeça. Rogério Ceni operou um milagre espalmando a bola. O lance, enfim, acordou a Lusa que até então, havia sido um time burocrático, lento, sem um pingo de criatividade.

Após essa defesa do goleiro são-paulino, a Lusa começou a acreditar que era possível jogar de igual para igual. Aos 33, Ferdinando entrou pela meia esquerda e chutou rasteiro. Ceni defendeu novamente. No entanto, não dava para a Lusa se igualar à equipe são-paulina.

Quando o Tricolor parecia morto, um contra-ataque mortal. Aos 35, Ilsinho arrancou pela direita. À sua frente, nenhum marcador. Ele foi à linha de fundo e cruzou para Dagoberto, que entrava sozinho pelo meio. O atacante, de chapa, pé direito, jogou a bola no canto direito. A bola ainda bateu na trave antes de morrer nas redes da Lusa. Estava resolvida a questão.

O gol abateu demais a Portuguesa, que se entregou. O São Paulo só gastou o tempo, esperando o apito final.



São Paulo 2 x 0 Portuguesa - Melhores Momentos

0 comentários: