River Plate é rebaixado pela primeira vez em sua história
Mas os argentinos nunca gostaram de samba. A segunda etapa começou equilibrada, com o Belgrano assustando mais do que o time da casa, demonstrando que poderia reagir. Aos 17 minutos, um cruzamento da esquerda foi parcialmente cortado pela zaga, mas, na sobra, Farre se jogou na bola e empatou a partida. A melodia voltou a ser tenebrosa. Os rostos desesperados nas arquibancadas já admitiam a queda. Mas os melhores tangos surpreendem na dramaticidade.
Aos 23 minutos, o árbitro assinalou penalidade máxima para o River Plate. Aquele que poderia ser o herói tornou-se o vilão. Com o gol, Pavone colocaria a equipe, novamente, a um gol da manutenção na primeira divisão. Ele bateu rasteiro no canto direito, nas mãos do goleiro Juan Olave. Naquele momento, o tango entrava em seus últimos e mais tristes acordes.
O jogo seguiu com uma forte pressão dos alvirrubros sobre a equipe de Córdoba até os 44 minutos. Aquilo que caminhava para ser uma música carregada de emoção, tornou-se, de fato, uma tragédia. O jogo teve de ser encerrado aos 45 minutos, sem acréscimos, para conter a invasão de campo dos inconformados torcedores milionários. Os jogadores do River Plate não saíram de campo, mesmo com a ameaça. O choro era completo, tanto por parte dos torcedores, quanto por parte dos jogadores.
Foi decretado: o River Plate disputará, pela primeira vez em sua história, a segunda divisão do campeonato nacional. O Belgrano conseguiu o acesso e está com a vaga da equipe de Buenos Aires na Série A.
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